Sobre a Leve Tear

Minha história

Sou Marcia Baldissera, neta de desbravadores de JUPIA/SC, Albino e Adinora Amadori. Na infância, passava as férias nessa cidade (à época Distrito de Galvão). Trago em minhas memórias afetivas o cheiro das comidas gostosas que minha avó e tias preparavam com o maior carinho: a polenta e o pinhão assados no fogão a lenha, os queijos, salames artesanais, a chimia feita pelo meu avô com frutas plantadas e colhidas por ele, de seu próprio quintal.

Vivi em vários lugares, mas Jupiá nunca saiu do meu coração. Tinha uma grande amiga, moradora do lugar - Irede Montemezo e, sempre que nos encontrávamos, eu costumava dizer: "Um dia vou morar em Jupiá". E ela: "Vou te esperar, Marcia". Como coisas do destino, infelizmente após quatro meses da minha chegada, ela partiu.

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Jupia (possui 2.101 habitantes), seus moradores são grandiosos no caráter e cheios de histórias - de vida, de trabalho, de luta diária! É um município cuja economia é essencialmente agropecuária. Aqui não há trânsito nem semáforos, a natureza é linda, as pessoas muito educadas. Não há palavras para descrever a beleza das estrelas e do luar, do verde e das montanhas, mas como nem tudo é perfeito, o inverno daqui é de lascar!

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A motivação de viver em Jupiá e pôr em prática um projeto de confecções foi crescente, sobretudo depois de residir em duas grandes capitais brasileiras. A correria da cidade grande, o trânsito caótico e o estresse com relação à segurança foram pontos determinantes para, enfim, voltar às minhas raízes. Em busca de uma vida simples e calma, perto da natureza, sinto hoje maior conexão com Deus.

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Esta empresa foi pensada há longa data. O lugar de sua instalação sempre esteve em meus pensamentos e o objetivo partiu de um tripé: dar oportunidade de trabalho às mulheres Jupiaenses, ocupar-me com uma atividade que realmente sonhei, levar a produção de Jupiá/SC a mulheres de todo o país.

Inicialmente fiz um plano de negócio com as Empresas Juniores de Consultoria em Gestão, Ação Junior (UFSC) e a ESAG JR (UDESC). Estudei o projeto, e assim que meu filho Leonardo foi fazer o mestrado em Montpellier, na França, dei início à concretização, comprei maquinários, estruturei a empresa e busquei na comunidade aquelas que seriam as costureiras.

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No primeiro momento foram contratadas duas colaboradoras, a Sandra Regina Pavon Eger e Elizangela Maria da Cruz Gonçalves Guerra, todas as duas - assim como eu -, sem prática em costura profissional ou sequer experiência em máquinas de tricô industrial. A solução foi somar esforços com profissionais no ramo para auxiliar-nos.

Ficamos 5 meses mergulhadas no mundo dos fios, texturas, modelagem, peça piloto, linhas, fornecedores, entre outros desafios. Algumas peças conseguimos por tentativa e erro, um período bem difícil da empresa, mas foi essa mulher que a Leve tear quer vestir que nos deu força para superarmos todos os obstáculos. hoje estamos fortes e aptas para entregarmos produtos de melhor qualidade e beleza.

Participam ainda com trabalhos de crochê e bordados senhoras Jupiaenses que fazem belíssimos artigos.